Igual original

teste

Por outro lado, o mínimo necessário é o exercício físico necessário para aumentar a suscetibilidade de lobortis, além de alíquotas ex e comissões consequentes. Diariamente, um e-mail é doloroso em hendrerit em vulputate molitie molestie, consequentemente, vel illum dolore eu feugiat nulla facilisis at vero eros et accumsan et ios odio dignissim qui blandit luptatum zzril delenit augue duis. Por outro lado, o mínimo necessário é o exercício físico necessário para aumentar a suscetibilidade de lobortis, além de alíquotas ex e comissões consequentes.
teste

Por outro lado, o mínimo necessário é o exercício físico necessário para aumentar a suscetibilidade de lobortis, além de alíquotas ex e comissões consequentes. Diariamente, um e-mail é doloroso em hendrerit em vulputate molitie molestie, consequentemente, vel illum dolore eu feugiat nulla facilisis at vero eros et accumsan et ios odio dignissim qui blandit luptatum zzril delenit augue duis. Por outro lado, o mínimo necessário é o exercício físico necessário para aumentar a suscetibilidade de lobortis, além de alíquotas ex e comissões consequentes. Todos os nossos direitos e deveres são tratados em qualquer parte do mundo, por isso, recomendamos que você consulte a nossa Política de Privacidade e Política de Privacidade. Este é o artigo que você deve ler antes de ler este artigo. quis nostrud exercise ullamcorper suscipit lobortis nisl ut aliquip ex and commodo consequat. Todos os direitos e deveres são tratados em casos graves, tais como moléstias, casos em que eu não posso mais facilitar e ver o que é e o que é e o que é digno de dignidade ou que não é digno de elogiar ou que é proibido, qualquer que seja o seu direito à propriedade.
Quarta-Feira, 3 De Junho De 2020

As novidades das marcas com impacto positivo por Lilian Pacce


O que era apenas uma tendência, virou fato: práticas sustentáveis estão cada vez mais presentes no mercado da moda, inclusive nas marcas de luxo. Há uma grande sensibilização e conscientização da moda em relação à sua responsabilidade social e ambiental. A crise sanitária escancarou a importância de cuidar bem das pessoas e do planeta e a moda tem se demonstrado muito solidária nesse sentido, se mobilizando e mobilizando. Parece cada vez mais claro que, no longo prazo, todos saem perdendo se não houver transformação.

Por Lilian Pacce

Stella McCartney
Mas muito antes do Covid-19, a inglesa Stella McCartney saiu na frente, priorizando peças feitas de algodão orgânico, náilon reciclado ou viscose sustentável, por exemplo. Uma das novidades mais bacanas é o lançamento do primeiro jeans 100% biodegradável, criado em parceria com a italiana Candiani Jeans. Stella, aliás, é defensora do veganismo na moda e recentemente se associou ao maior grupo de luxo do mundo, o LVMH, para inspirar mais comportamentos similares.

Burberry
Já a Burberry, que tem Riccardo Tisci como diretor criativo desde 2018, estabeleceu como meta que todos os seus produtos tenham pelo menos uma certificação sustentável até 2022! Eles querem adotar e comunicar uma visão holística (ou seja, integrada) de todo o processo, evidenciando os atributos positivos de cada produto: de iniciativas sociais junto à comunidades até a redução do uso de água passando pela composição de tecidos, seja algodão orgânico ou fibra reciclada. Hoje eles garantem que já conseguem ter dois terços da coleção com mais de um atributo positivo agregado, bacana, né?

Mas enquanto 2022 não chega, eles acabam de lançar a linha ReBurberry Edit, que trabalha com materiais sustentáveis de ponta e de reciclagem. São 26 itens pro Verão 2020: de parkas e trenchsde náilon reciclado (vale rede de pesca, plásticos industriais etc) a óculos de bioacetato, uma inovação no mercado.

Reformation
Reformation, a marca cool da Califórnia que já nasceu com essa pegada onze anos atrás, adota vários procedimentos sustentáveis e tem participado de projetos socioambientais como reflorestamento (floresta amazônica incluída) para compensação de carbono. Nesses tempos de Covid-19, a Ref estimula sua comunidade a adotar energia limpa (trocando, por exemplo, a energia elétrica pela eólica) e também oferece a compra de créditos de carbono. Além disso, eles estão produzindo packs de 5 máscaras a preço de custo: você pode comprar pra você e eles também distribuem máscaras para moradores de Los Angeles.
Cariuma
E se você é fã dos sneakers da Veja/Vert, vai adorar os modelos da Cariuma, que usam materiais sustentáveis como algodão orgânico, borracha extraída de seringueiras sem danificá-las e couro não proveniente de regiões de desmatamento e com reutilização total da água usada no processo de produção. A novidade é o modelo de tênis para veganos, o Ibi, feito com uma malha de bambue plástico reciclado com sola de EVA ecológico de cana de açúcar. E surpresa: a Cariuma é brasileira e tem feito tanto sucesso que bateu um crescimento de 1.500% no último ano! Sinal de que nós, consumidores, queremos sim consumir melhor e mais positivamente!

Saint Laurent sai da semana de moda de Paris para seguir seu próprio calendário

Desfile da Saint Laurent na Torre Eiffel / Reprodução

DESFILE DA SAINT LAURENT NA TORRE EIFFEL / REPRODUÇÃO

Francesca Bellettini e Anthony Vaccarello / Reprodução




Enquanto marcas e organizações decidem os próximos passos das semanas de moda para este ano, a Saint Laurent saiu na frente anunciou ontem que se retiraria do calendário oficial de desfiles de Paris para apresentar suas novas coleções em seu próprio ritmo. Pelo menos em 2020.
“Consciente das circunstâncias atuais e de suas ondas de mudanças radicais, a Saint Laurent decidiu assumir o controle de seu ritmo e reformular sua programação”, diz um comunicado postado no Instagram da marca. “Agora, mais do que nunca, a marca liderará seu próprio ritmo, legitimando o valor do tempo e se conectando com as pessoas globalmente, aproximando-se delas em seus próprios espaços e vidas”.
A Saint Laurent então vai deixar o calendário feminino e não desfilará junto com todas as outras marcas em setembro (se é que os desfiles acontecerão), já que o masculino já acontecia de forma independente, como os desfiles que fez em Nova York e em Malibu. “A SL não apresentará suas coleções em nenhum dos horários pré-estabelecidos de 2020 e se apropriará de seu calendário e lançará suas coleções seguindo um plano concebido com uma perspectiva atualizada, impulsionada pela criatividade”.
FRANCESCA BELLETTINI E ANTHONY VACCARELLO / REPRODUÇÃO
É a primeira grande marca a anunciar uma mudança no cronograma de desfiles desde o início da pandemia, mas outras grifes já vinham dando sinais de cansaço com o ritmo e timing do calendário de desfiles e lançamentos, como Alexander Wang que adotou uma estratégia semelhante no início de 2018.
Isso significa que uma das marcas mais históricas da França e do mundo escolheu o caminho solo num mercado conhecido pela união entre seus pares e num momento delicado, em que justamente a união se faz mais necessária do que nunca. Ao mesmo tempo, a notícia também revela a urgência de uma mudança do sistema da moda, algo que muitas grifes sentem a necessidade, mas poucas de fato podem tomar essa decisão e seguir sozinhas. “Sabemos há anos que algo precisa mudar. A hora é agora. Não há boas razões para seguir um calendário desenvolvido anos atrás, quando tudo era completamente diferente. Não quero apressar uma coleção apenas porque há um prazo. Nesta temporada, quero apresentar uma coleção quando eu estiver pronta para mostrá-la”, diz o diretor criativo Anthony Vaccarello em uma entrevista ao WWD acompanhado pela CEO Francesca Bellettini.

“NÃO QUERO APRESSAR UMA COLEÇÃO APENAS PORQUE HÁ UM PRAZO. NESTA TEMPORADA, QUERO APRESENTAR UMA COLEÇÃO QUANDO EU ESTIVER PRONTO PARA MOSTRÁ-LA”, ANTHONY VACCARELLO


Juntos, eles indicam que é uma mudança a princípio para este ano, como uma resposta emergencial ao impacto do Covid-19. Mas também falam que é uma transformação que há muito precisava ser feita, então é possível que a marca se mantenha independente do calendário da indústria mesmo após essa fase passar. “Por natureza, somos uma marca ousadamente decisiva, onde a criatividade desempenha o papel central. Nessas circunstâncias, é claro para nós que a criatividade não pode ser forçada a seguir um cronograma arbitrário e predefinido, mas deve ser livre para se expressar na forma, no local e no tempo que Anthony achar apropriado”, diz Francesca.
A CEO da Saint Laurent vem a ser também presidente da Chambre Syndicale de la Mode Féminine e sua decisão pode ter um impacto não apenas na confederação, mas também nas outras marcas que fazem parte dela. “O anúncio de que não realizaremos eventos em 2020 de acordo com o calendário habitual não diminui de maneira alguma o papel ou a importância da semana de moda de Paris, que é, simplesmente, a melhor do mundo. Paris é onde todo designer aspira desfilar”, diz Francesca. “Não é um adeus à PFW, mas uma mudança que sentimos ser necessária neste momento e nessas circunstâncias excepcionais. Na federação, somos muito unidos, respeitosos e abertos um ao outro. Comuniquei antecipadamente nossa decisão a Ralph Toledano [presidente da Federação da Alta Costura e à Moda] e Pascal Morand [presidente executivo da federação], que a respeitaram totalmente”.Francesca Bellettini e Anthony Vaccarello / Reprodução
É fato que o isolamento social tem trazido muitas reflexões à tona sobre o sistema e acelerado decisões e mudanças. Aqui no Brasil um novo acordo da indústria surgiu, com foco numa sutil adaptação das datas do varejo que podem alavancar uma melhor performance comercial das marcas. Na Inglaterra, o British Fashion Council anunciou que sua próxima London Fashion Week, agendada para junho e tradicionalmente focada em moda masculina, será totalmente digital e neutra em termos de gênero e, para o futuro, as marcas poderão escolher se apresentarão as coleções de primavera/verão em junho ou setembro.
“Desacelerar e viver o momento revela todas as vulnerabilidades de uma organização encarcerada. O que está fora de moda agora é a programação de todo o sistema: os shows, os showrooms, os pedidos”, diz Vaccarello, que quer incentivar uma atitude mais duradoura e menos efêmera em relação a experiências e produtos.












Menswear: Conversa entre feminino x masculino domina passarelas da temporada de Inverno 20/21

da esquerda para direita: random indentities, dior, J.W.Anderson, Rick Owens e Loewe. fotos: cortesia
DA ESQUERDA PARA DIREITA: RANDOM INDENTITIES, DIOR, J.W.ANDERSON, RICK OWENS E LOEWE. FOTOS: CORTESIA
Por Lucas Dias, em Paris
Podemos dizer que a temporada masculina de Inverno 2020/21 foi, de certa forma, marcada pela redefinição dos códigos que definem a masculinidade na moda (e fora dela). Apesar de ser um assunto que já vem sendo abordado na passarela, o tema tomou uma proporção exorbitada entre os designers nessa estação.
A quebra de um padrão de guarda-roupa masculino restrito, pacato e repetitivo que data do século passado tem se transformado aos poucos e se mostra cada vez mais como um importante marco na história da moda dizendo muito sobre futuro e comportamento às novas gerações de designers e consumidores. 
Foi o assunto trazido por Stefano Pilati, que voltou às passarelas como convidado especial da Pitti Uomo em Florença, com seu projeto independente Random Identities.
Random Identities / Reprodução
RANDOM IDENTITIES / REPRODUÇÃO
Assim como o nome de sua marca, Pilati trouxe para o Inverno 2020/21 um estudo sobre a desconstrução do patriarcado, os seus efeitos no comportamento masculino e identidades variadas para uma geração que preza a individualidade, liberdade e que pouco se importa em comprovar e reproduzir comportamentos de uma masculinidade “tóxica” a todo momento.
De maneira similar, Miuccia Prada, Pierpaolo Piccioli (com a Valentino) e Raf Simons também trouxeram em suas coleções esse estudo sobre a juventude e o novo homem analisado através de um novo uniforme. Na Prada, a coleção foi inspirada em uma masculinidade “anti-heróica” e imersa completamente no cotidiano e no mundo real.
Prada / Cortesia
PRADA / CORTESIA
Alessandro Michele, na Gucci também referenciou o assunto e a desconstrução de tais padrões de masculinidade para o inverno 2020/21. Michele, que foi um dos primeiros risk takers desta geração de designers quando se trata de derrubar e mesclar padrões de gênero desde que entrou na direção criativa da gigante italiana, trouxe uma masculinidade com menos excessos, jovem, sensível e rebelde. Babydoll vestidos babydoll usados com jeans, sweaters cropped usados com calças de alfaiataria, cardigans alongados e malhas decoradas com as frases “Mon petit chou” (meu chuchuzinho em tradução livre do Francês) trouxeram um ar de inocência, nostalgia e leveza trazendo um senso de ironia em contraste com os elementos grunge dos anos 90 e referencias a Kurt Cobain. 
Gucci / Cortesia
GUCCI / CORTESIA
Raf Simons, por outro lado, olhou para a juventude através de uma perspectiva futurista. Com frases como Solar YouthThey don’t want you to know who you are Arrival: The future has begun presentes em handmuffs, o designer belga imaginou uma juventude que se sente deslocada, inquieta e parte de outro planeta, com silhuetas de alfaiataria alongada, oversized e impecáveis que combinavam materiais clássicos como lã, malhas e peles com detalhes de plástico transparente e estampas gráficas que são hits da marca.
Raf Simons / Reprodução
RAF SIMONS / REPRODUÇÃO
Pierapolo trouxe para a Valentino um desfile com ar mais clássico porém emocionante. Com show da cantora britânica FKA Twigs, a coleção apresentou um olhar mais romântico, melancólico e sensível para o novo uniforme masculino. Estampas gráficas florais apareceram em casacos, sweaters e bolsas e frases como Bad LoverGood Lover e Need. Need. complementaram looks de alfaiataria em tons neutros, como azul marinho, preto e branco formando uma harmonia perfeita com as letras das músicas de FKA. 
Valentino / Cortesia
VALENTINO / CORTESIA
Jonathan Anderson também tocou no assunto de uma forma mais divertida e libertadora, tanto em sua coleção para a Loewe quanto em sua marca própria, que desfilou no calendário masculino parisiense nesta temporada. Derrubando quase totalmente as barreiras entre o feminino e masculino, a coleção da Loewe trouxe vestidos em lamé, malhas em silhuetas alongadas, estampas e detalhes de plumas coloridas.
Loewe / Reprodução
LOEWE / REPRODUÇÃO
Em um tom mais sóbrio na JW Anderson, o designer trouxe uma investigação de novas formas para o guarda-roupa masculino. Casacos longos e esvoaçantes vieram decorados com a maxi correntes douradas (que também foram usadas nos acessórios na coleção feminina de verão 2020 da marca), peplums e silhuetas alongadas deram o tom na coleção que foi leve e bastante sofisticada.
Jonathan W. Anderson / Reprodução
JONATHAN W. ANDERSON / REPRODUÇÃO
Glenn Martens também mostrou o mesmo espírito na Y/Project. Em um cenário de festa decorado com balões vermelhos, o desfile, que mostrou looks femininos e masculinos, veio repleto de elementos variados, construções impressionantes, colaboração com a Canada Goose e trouxe de volta hits da marca como os jeans, acessórios e as botas XXL.
Y-Project / Reprodução
Y-PROJECT / REPRODUÇÃO
Também olhando para o paradoxo feminino/masculino, Rick Owens trouxe o Glam Rock e os anos 80 com força para o seu inverno masculino. Ombreiras exageradas e pontudas, silhuetas femininas e botas plataforma deram o tom na coleção que continuou a mesma narrativa do seu Verão 2020.
Rick Owens / Reprodução
RICK OWENS / REPRODUÇÃO
Na Undercover, Jun Takahashi trouxe uma perfomance-desfile emocionante coreografada por Damien Jalet e inspirada no filme “Trono Manchado de Sangue” de Akira Kurosawa. A coleção, que referenciou e homenageou a cultura japonesa de diversas formas, serviu como complemento para a perfomance e misturou looks masculinos e femininos. Com layering complexo, kimonos e peças utilitárias revelou uma identidade de um nômade moderno, referenciando tradições mais ao mesmo tempo falando para uma juventude hiperconectada e inquieta.
Undercover / Reprodução
UNDERCOVER / REPRODUÇÃO
Em sua coleção para a Dior Men, Kim Jones fez uma homenagem ao amigo e ícone da moda britânica, o stylist Judy Blame, que faleceu em 2018 deixando um legado incrível para a moda. Seu icônico estilo dandy-meets-punk foi revivido por Kim através de silhuetas alongadas, com uma alfaiataria elegante e elementos como tecidos, broches, bordados e as construções elaboradas que Blame tanto admirava.
Dior Men / Cortesia
DIOR MEN / CORTESIA
Já Olivier Rousteing olhou para a sua própria identidade para o inverno da Balmain. O desfile da marca contou com performances de dançarinos e cenografia impressionante que trouxe a imagem de um deserto para o Grande Halle de la Villette no norte de Paris. A coleção contou com inspirações de um clash de culturas, olhando especialmente para a Somália, Etiópia e França, reveladas como origens de Olivier pelo documentário “Wonder Boy”, que acompanhou o designer na busca da identidade de sua mãe biológica. Sem deixar de lado o glamour e a silhueta afiada – sua marca registrada na Balmain – o designer trouxe uma coleção mais introspectiva e refinada com tons monocromáticos que também brincaram com a alfaiataria e mesclavam códigos masculinos e femininos.
Balmain / Cortesia
BALMAIN / CORTESIA
Após fazer uma pausa, Virgil Abloh retorna com sua quarta coleção para a Louis Vuitton que foi uma consolidação do seu storytelling e códigos como designer. Ainda com estética e cenário escapista, a coleção de Abloh também foi voltada a um realismo e cotidiano moderno e uma masculinidade mais suave (com direito até a babados e pepluns). Novidades de uma alfaiataria com uma pegada menos street e mais sofisticada foram surpresa em suas coleções tanto na Vuitton quanto na Off-White.
Louis Vuitton / Cortesia
LOUIS VUITTON / CORTESIA
Além dos nomes já consolidados, o calendário de Paris – que fez história com o maior número de desfiles (53 no oficial e 20 fora dele) – contou com novos nomes e deixou evidente a importância que a cidade tem como o principal foco da indústria. 
Além de JW Anderson, o britânico Craig Green também desfilou pela primeira vez na capital francesa. Ele teve um problema na entrega de sua coleção, que não ficaria pronta a tempo para a semana de Londres, que sempre abre a temporada masculina. Seu desfile, um dos pontos altos da temporada, teve como referência uma observação sobre os “nômades” modernos e as questões sobre políticas de imigração que têm sido ponto crucial de discussão nas sociedades europeias nos últimos anos e já são parte do repertório de estudo de Green.
Craig Green / Reprodução
CRAIG GREEN / REPRODUÇÃO
Entre as marcas da nova geração, GmbH, Ludovic de Saint Sernin e Sankuanz também se destacaram em Paris com coleções carregadas de ideias sobre a nova juventude e masculinidade sem deixar de lado as estéticas e identidades fortes de suas marcas. 
GmBH / Reprodução
GMBH / REPRODUÇÃO
Ludovic Saint Sernin / Reprodução
LUDOVIC SAINT SERNIN / REPRODUÇÃO
Boramy Viguier e Botter (marca que venceu o Grande Prêmio do Festival d’Hyères 2018) também estrearam em Paris. Boramy focou em uma juventude hiperconectada e uma narrativa de um matrix moderno em suas silhuetas e acessórios.
boramy-viguier-fw2020-look_05
BORAMY VIGUIER/CORTESIA
Já a Botter se inspirou em um futuro sustentável. Detalhes e acessórios feitos de plásticos reciclados e frases como there is no crying in fashion trouxeram à tona o senso crítico porém bem humorado que a marca carrega em seu DNA. 
Botter / Reprodução
BOTTER / REPRODUÇÃO

Dossiê FFW: conheça as principais tendências do Inverno 2020

LOUIS VUITTON, BALENCIAGA E ALEXANDER MCQUEEN / CORTESIA E REPRODUÇÃO
Por Augusto Mariotti e Camila Yahn
Matrix Apocalipse
Balenciaga / Reprodução
BALENCIAGA / REPRODUÇÃO
Faz quase 20 anos que Matrix foi lançado, mas sua influência permanece. O trench coat e os óculos futuristas estão entre as peças assinatura que podemos conectar ao filme.  Sua estética cyberpunk, rigorosa e apocalíptica ao mesmo tempo, cai perfeitamente para os dias de hoje. Essa tendência é um bom exemplo de como a moda absorve o momento da sociedade.
Capas
Jonathan W. Anderson / Reprodução
JONATHAN W. ANDERSON / REPRODUÇÃO
As capas sempre foram associadas ao luxo, à feminilidade, ao universo das princesas mais do que das heroínas. Mas a novidade das capas de hoje é que elas foram pensadas para caber no dia a dia da mulher contemporânea e aparecem em diversos estilos: na alfaiataria, em jeans, para a noite, longas e curtas e ainda como peças statement.
Ombros
Saint Laurent / Cortesia
SAINT LAURENT / CORTESIA
Os ombros estruturados estão de volta, mas isso não significa que é só através das ombreiras usadas nos anos 80. Eles aparecem sim maxi e geométricos, a la Grace Jones, mas também em formas mais arredondas ou pontudas e futuristas. Mesmo as versões mais tímidas ainda são eficientes em mudar a silhueta e virar ponto principal do look. Não há como fugir deles.
Leather on leather
Marni / Reprodução
MARNI / REPRODUÇÃO
O couro é um dos materiais mais usados no inverno. Nesta temporada, seu uso é potencializado e ele aparece em mais de uma peça – muitas vezes faz o look inteiro. O interessante é a forma como as peças são misturadas para não ficar um visual flat, como se uma única padronagem forte cobrisse o corpo todo. Assim, aparecem diversas versões de couro estampado e colorido, misturados ao clássico preto.
Padronagens invernais
Outro hit do inverno são as variações do xadrez, como o tartan tem suas origens na Escócia, mas é também muito associado aos movimentos jovens, como punk e grunge. O checkerboard (tabuleiro de damas) ganha novas combinações de cor e modelos, assim como o Tattersall, um dos mais antigos do mundo (com linhas mais finas) também ganha um ar renovado.
1. Príncipe de Gales
Givenchy / Reprodução
GIVENCHY / REPRODUÇÃO
2. Jogo de damas
Off-White / Reprodução
OFF-WHITE / REPRODUÇÃO
3. Tartan
Marine Serre / Reprodução
MARINE SERRE / REPRODUÇÃO
Alfaiataria com cinto
Celine / Reprodução
CELINE / REPRODUÇÃO
O trio calça – camisa -paletó tem o cinto como forte aliado nesta estação. Ele também aparece nada tímido em trench coats e vestidos, marcando a silhueta e, em alguns momentos, fazendo par com ombros grandes, resultando em looks com vibe oitentista.
Uma cor, um look
Rick Owens / Reprodução
RICK OWENS / REPRODUÇÃO
Este inverno é de muitas cores e elas rendem looks pra lá de especiais. A oferta é tão abrangente que é um bom momento para deixar os neutros de lado e apostar no fúccia, turqueza, amarelo, vermelho e mais uma infinidade de verdes (veja abaixo).
Beges
Simone Rocha / Reprodução
SIMONE ROCHA / REPRODUÇÃO
Claro que a força das cores não chega a enfraquecer o poder dos beges. Neutro e clássico, ele é sempre uma opção segura e aqui surge em uma variação de tons, do mais clarinho ao camelo, sozinhos ou misturados a outros pontos de cor.
Pense verde
Jacquemus / Reprodução
JACQUEMUS / REPRODUÇÃO
Da delicadeza do verde menta ao militar, o verde é uma das cores aposta para o Inverno 2019/20. Sua variedade de tons é enorme e pode até ter sido inspirada pela busca da sustentabilidade que a moda tem trabalhado nos últimos anos. O fato é que é difícil qual dele é o mais bonito.

Quais são os pilares da Quintal?

Desfile da Louis Vuitton com vídeo de Sophie como cenografia / Cortesia
DESFILE DA LOUIS VUITTON COM VÍDEO DE SOPHIE COMO CENOGRAFIA / CORTESIA
Por Lucas Dias, em colaboração para o FFW 
A temporada internacional de Verão 2020 trouxe, além das propostas das coleções, inúmeras ideias, reflexões e momentos marcantes. Fizemos uma revisão do que rolou nas quatro capitais: 

NOVA YORK 

Da esquerda para a direita: Marc Jacobs, Prabal Gurung, Pyer Moss, Collina Strada e Eckhaus Latta / Reprodução
DA ESQUERDA PARA A DIREITA: MARC JACOBS, PRABAL GURUNG, COLLINA STRADA, PYER MOSS E ECKHAUS LATTA / REPRODUÇÃO
A primeira cidade do circuito veio com o calendário denso e repleto de novidades. A estréia de Tom Ford como diretor do CFDA mostrou uma diversidade que pode ser interpretada com a dualidade dos EUA sob o comando de Donald Trump. A semana tem se mostrado dividida entre as grifes que já dominam o mercado, como Michael Kors, Coach, Tory Burch e Carolina Herrera – e suas coleções de grande apelo comercial – e marcas jovens ou que se reinventaram e apostam na vanguarda com coleções que trazem narrativas e comentários de cunho sócio-políticos, como por exemplo menção da atual crise imigratória nos EUA, movimentos de resistência LGBTQ+ e questões que dizem respeito a comunidades negras, latinas e feministas. Nesta turma, destacamos: Marc Jacobs (veja mais aqui), Pyer Moss, Prabal Gurung, Collina Strada, Puppets and Puppets, Christian Siriano, Area, Batsheva e Eckhaus Latta. 

LONDRES

Burberry, Christopher Kane, Ashish, Matty Bovan e Dilara Findikoglu / Reprodução
BURBERRY, CHRISTOPHER KANE, ASHISH, MATTY BOVAN E DILARA FINDIKOGLU / REPRODUÇÃO
Já associada a algum tempo como a cidade de origem dos jovens talentos que exportam ideias revolucionárias e onde marcas menores possuem rara relevância equivalente às mais estabelecidas, a semana de moda de Londres foi marcada, mais uma vez, pelo Brexit e o momento político turbulento que o Reino Unido enfrenta. De acordo com Boris Johnson, o recentemente nomeado primeiro-ministro, essa teria sido a última semana de moda britânica como parte da UE. Nas coleções, a falta de segurança quanto ao futuro e críticas ao governo foram nítidas. Nomes como Burberry, Matty Bovan, Richard Quinn, Dilara Findikoglu e Ashish desfilaram coleções que são ao mesmo tempo complexas tecnicamente, inovadoras e carregadas de insatisfação quanto ao estado político atual no Reino Unido e no mundo. 
Vale destacar também Christopher Kane que, em uma de suas melhores coleções, olhou para o meio ambiente e o espaço como inspiração e mostrou uma coleção fluída com shapes futuristas, caimento impecável e a frases de efeito como Eco Sex e Make Love With The Wind estampando moletons e vestidos. Riccardo Tisci escapou do caos e rebeldia mas ainda assim focou no realismo e na transformação e diversidade da sociedade britânica, continuando sua evolução do estilo preppy da Burberry inserindo seus hits de street style, um toque de sensualidade e misturando logos, franjas,  alfaiataria, rendas, mangas bufantes (tendência da temporada) e shapes de sportswear. 

MILÃO

@media4brands